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Bolsonaro Anuncia TSE como Tribunal ‘Isento’ para 2026, Diferente do que Atuou em 2022

Declaração feita neste domingo aponta mudanças na condução das próximas eleições.


Bolsonaro | Carta Capital
Bolsonaro | Carta Capital

Rio de Janeiro, 16 de março de 2025 – Neste domingo, 16 de março, o ex-presidente Jair Bolsonaro anunciou, em um evento no Rio de Janeiro, que considera o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) um órgão “isento” para as eleições de 2026, destacando que será “diferente daquele que conduziu as eleições em 2022”.


A fala, amplamente repercutida em redes sociais, reflete a confiança de Bolsonaro em uma mudança no cenário eleitoral, especialmente com a previsão de que os ministros Nunes Marques e André Mendonça, indicados por ele durante seu mandato, assumam papéis de destaque na corte até o pleito de 2026.


O evento marcou também o pedido e anistia, dias próximos ao julgamento do STF.


Bolsonaro, que foi declarado inelegível pelo TSE até 2030 por abuso de poder político e uso indevido de meios de comunicação durante a campanha de 2022, não detalhou como planeja contornar essa restrição legal. No entanto, sua declaração sugere otimismo em relação a possíveis alterações na composição ou nas regras do tribunal.


“O TSE de 2026 será diferente, um tribunal isento, que vai garantir eleições limpas e transparentes, diferente do que vimos em 2022”, afirmou, segundo relatos de apoiadores presentes no evento. Ele também destacou a presença de Nunes Marques, atual ministro do TSE e do Supremo Tribunal Federal (STF), e Mendonça, que deve assumir a presidência do TSE em 2026, como fatores que “dissipariam dúvidas” sobre o processo eleitoral.


O TSE, responsável por organizar e fiscalizar as eleições no Brasil, passou por intensas críticas de Bolsonaro e seus aliados durante o pleito de 2022, quando o então presidente questionou a segurança das urnas eletrônicas e acusou a corte de parcialidade, sem apresentar provas.


Em julho daquele ano, ele chegou a realizar uma reunião com embaixadores no Palácio da Alvorada para atacar o sistema eleitoral, evento que culminou em uma das ações que levaram à sua inelegibilidade, decidida por 5 votos a 2 em junho de 2023. A corte era então presidida por Alexandre de Moraes, que deixou o cargo em novembro de 2024 e foi substituído por Cármen Lúcia.


A composição do TSE muda a cada dois anos, com ministros do STF, do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e advogados indicados pelo presidente da República.


Em 2026, André Mendonça, que tomou posse no STF em dezembro de 2021, deve assumir a presidência do TSE, sucedendo Cármen Lúcia, cujo mandato como presidente termina em maio daquele ano. Nunes Marques, empossado no STF em novembro de 2020, também integrará o tribunal eleitoral, compondo uma maioria de ministros indicados por Bolsonaro. Essa configuração é vista pelos apoiadores do ex-presidente como uma oportunidade de reverter o que chamam de “perseguição política” da Justiça Eleitoral.


A declaração de Bolsonaro ocorre em um contexto de movimentação política intensa. Apesar de estar inelegível até 2030, o PL, liderado por Valdemar Costa Neto, aposta em sua figura para impulsionar candidaturas locais nas eleições municipais de 2026 e manter sua influência no cenário nacional.


O ex-presidente também enfrenta outras frentes judiciais, como investigações sobre suposta tentativa de golpe de Estado após a derrota para Luiz Inácio Lula da Silva em 2022, mas segue mobilizando apoiadores em eventos pelo país.


A fala de Bolsonaro, coloca o foco na política eleitoral, reacendendo debates sobre a lisura do TSE e o futuro das eleições no Brasil.

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