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“Branca de Neve” da Disney Afunda nas Bilheterias com Prejuízo Milionário

Polêmica woke e críticas negativas marcam fiasco de um dos piores filmes do estúdio.


Branca de Neve | Reprodução
Branca de Neve | Reprodução

Salvador, 22 de março de 2025 – O live-action “Branca de Neve”, lançado pela Disney na última quinta-feira, 20 de março, está se consolidando como um dos maiores fracassos de bilheteria do estúdio em anos.


Com uma arrecadação de apenas US$ 3,5 milhões na pré-estreia nos Estados Unidos, realizada na quinta-feira, o filme ficou muito abaixo das expectativas iniciais. As projeções para o fim de semana de estreia, entre 21 e 23 de março, apontam uma faixa de US$ 45 a 55 milhões em bilheteria doméstica, segundo o Omelete, um valor insuficiente para cobrir sequer um quarto do orçamento de US$ 240 milhões.


Envolvido em polêmicas “woke” antes mesmo de chegar aos cinemas, o longa recebeu avaliações desastrosas: 2,4/10 no IMDb e 44% no Rotten Tomatoes, confirmando a rejeição de público e crítica.


A pré-estreia de US$ 3,5 milhões, reportada pelo Omelete, é um sinal alarmante para a Disney, que esperava um desempenho robusto para sua releitura musical do clássico de 1937.


Comparado a outros live-actions do estúdio, como “Cinderella” (2015), que abriu com US$ 67 milhões, ou “Mufasa: O Rei Leão” (2024), que, apesar de críticas mornas, alcançou US$ 35 milhões na estreia e depois cresceu para US$ 700 milhões globais (Cinepop), “Branca de Neve” patina em terreno perigoso.


Com um custo de produção estimado em US$ 240 milhões – sem contar gastos adicionais com marketing, que podem elevar o total a US$ 300 milhões ou mais –, especialistas estimam que o filme precisaria arrecadar entre US$ 600 e US$ 700 milhões mundialmente para se pagar, algo que parece improvável dado o início fraco e a recepção negativa.


A polêmica “woke” que envolveu o filme desde seu anúncio em 2019 foi um fator determinante para o desastre. A escolha de Rachel Zegler, de ascendência colombiana, como Branca de Neve gerou debates acalorados sobre fidelidade ao conto original dos Irmãos Grimm, onde a personagem é descrita como de pele “branca como a neve”.


Declarações da atriz ao Variety em 2023, como “ela não será salva pelo príncipe, mas sim uma líder empoderada,” alimentaram a narrativa de que a Disney estava “reimaginando” o clássico com uma agenda progressista.


A substituição dos sete anões por “criaturas mágicas” diversas, revelada no trailer de 2024 (Cinepop), também irritou fãs tradicionais, que acusaram o estúdio de abandonar a essência da história por medo de críticas à representatividade. Essa controvérsia, apelidada de “woke” por detratores, gerou um boicote informal antes mesmo da estreia.


As críticas após o lançamento só pioraram o cenário. No Rotten Tomatoes, o filme debutou com 44% de aprovação entre 179 avaliações especializadas, com uma média de 5,4/10, segundo o Eurogamer.pt.


O público foi ainda mais duro, dando apenas 21% de aprovação com base em mais de 2.500 votos, e uma nota média de 1,6/5. No IMDb, a classificação de 2,4/10 reflete uma rejeição quase unânime, colocando “Branca de Neve” entre os piores live-actions da Disney, atrás até de “Pinóquio” (2022), com 27%, e “101 Dálmatas” (1996), com 39% (Geek Project).


Revisões destacam a atuação de Gal Gadot como Rainha Má como “forçada” e o roteiro como “uma bagunça que não respeita o original nem inova,” conforme o consenso do Rotten Tomatoes. A trilha sonora de Benj Pasek e Justin Paul, conhecida por sucessos como La La Land, foi um dos poucos pontos elogiados, mas insuficiente para salvar o filme.


O desempenho nas bilheterias reflete essa insatisfação. A projeção de US$ 45 a 55 milhões para o fim de semana nos EUA, somada a uma estimativa de US$ 50 milhões internacionalmente (Omelete), sugere uma abertura global de cerca de US$ 100 milhões – menos da metade do orçamento.


Para um estúdio que já viu sucessos como “O Rei Leão” (2019) estrear com US$ 191 milhões domésticos e ultrapassar US$ 1,6 bilhão globalmente (Web ID 16), ou mesmo “A Bela e a Fera” (2017) com US$ 174 milhões na estreia, o resultado de “Branca de Neve” é um balde de água fria.


A Disney, que em 2023 já amargou prejuízos com “As Marvels” (US$ 250 milhões de custo, US$ 200 milhões arrecadados) e “Indiana Jones e o Chamado do Destino” (Web ID 21), enfrenta agora um novo revés em sua estratégia de remakes.


O fracasso não é novidade para a Disney em adaptações polêmicas. “Dumbo” (2019), com orçamento de US$ 170 milhões, arrecadou apenas US$ 353 milhões globalmente (Web ID 8), enquanto “Mansão Mal-Assombrada” (2023) perdeu US$ 117 milhões com US$ 118 milhões arrecadados contra US$ 150 milhões de custo (Web ID 2).


“Branca de Neve”, porém, se destaca pelo investimento elevado e pela expectativa frustrada de repetir o apelo de “quatro quadrantes” – crianças, adolescentes, adultos e idosos – que garantiu o sucesso de clássicos como “Aladdin” (2019). Em vez disso, o filme alienou seu público nostálgico e não conquistou novos espectadores, um erro que a Disney pagará caro.


Para Marc Webb, diretor de O Espetacular Homem-Aranha, e produtores como Marc Platt (Wicked), o projeto era uma chance de reimaginar um ícone com música e modernidade. Mas a execução falhou em equilibrar inovação e respeito à fonte.


Enquanto Zegler recebeu elogios isolados pela voz, sua química com Gadot foi criticada como “artificial” (Geek Project), e a ausência dos anões tradicionais foi vista como uma concessão desnecessária. A Disney, que esperava um desempenho ao menos estável como o de “Mufasa”, agora vê um longa que dificilmente se recuperará nas semanas seguintes, dado o boca a boca negativo.


O prejuízo estimado pode superar US$ 150 milhões, considerando que os estúdios ficam com cerca de 50% da bilheteria doméstica e 30% da internacional (Web ID 0).


Com uma trajetória marcada por adiamentos, refilmagens e uma campanha de marketing ofuscada por controvérsias, “Branca de Neve” entra para a lista de desastres recentes da Disney, como “Wish: O Poder dos Desejos” (2023), que fez apenas US$ 82 milhões em duas semanas (Web ID 21).


O estúdio, que dominou as bilheterias por anos com filmes bilionários, agora enfrenta um 2025 de reconstrução, enquanto o fiasco de “Branca de Neve” ecoa como um alerta sobre os riscos de alterar clássicos em nome de tendências passageiras.

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