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Peixe-diabo negro é visto pela primeira vez em águas rasas nas Ilhas Canárias

Registro raro do predador abissal, conhecido pela animação “Procurando Nemo”, surpreende pesquisadores ao aparecer próximo à superfície na Espanha.


Reprodução
Reprodução


Descoberta inédita em águas superficiais

O peixe-diabo negro (Melanocetus johnsonii), conhecido por sua aparência intimidadora popularizada no filme “Procurando Nemo”, foi flagrado próximo à superfície do mar pela primeira vez. O registro, feito pela ONG Condrik Tenerife, ocorreu nas águas das Ilhas Canárias, na Espanha, e rapidamente viralizou nas redes sociais, acumulando mais de 13 milhões de visualizações.


Tamanho real surpreende o público

Apesar da imagem assustadora projetada pela cultura pop, o tamanho do peixe impressionou por ser muito menor do que o esperado. O vídeo revelou que os machos da espécie medem apenas 3 centímetros, enquanto as fêmeas podem atingir até 20 centímetros. A percepção equivocada do público se deve a fotos ampliadas usadas em materiais científicos e representações midiáticas.


Como o peixe-diabo negro chegou à superfície?

Habitante típico das profundezas oceânicas, entre 200 e 2.000 metros, o aparecimento do peixe em águas rasas intrigou especialistas. Segundo David Jara, fotógrafo de fauna marinha, as possíveis causas incluem:


  • Doença ou desorientação

  • Correntes marítimas ascendentes

  • Fuga de predadores


O espécime morreu poucas horas após ser avistado, fortalecendo a hipótese de que tenha sido forçado à superfície por uma condição extrema.


Registro raro e importância científica

Encontrar esse animal vivo fora de seu habitat é extremamente raro. Até então, os contatos se limitavam a gravações com submarinos ou exemplares mortos. Um dos poucos registros anteriores ocorreu em 2014, quando um peixe-diabo negro foi filmado a 600 metros de profundidade, no cânion submarino de Monterey, na Califórnia.


Após a confirmação da morte, os pesquisadores da ONG Condrik Tenerife recolheram o corpo e o transferiram para o Museu de Natureza e Arqueologia (MUNA), em Santa Cruz de Tenerife, onde será estudado.


O predador das profundezas

Pertencente ao gênero Melanocetus, cujo nome significa “monstro marinho negro”, o peixe-diabo negro é um caçador eficiente:


  • Utiliza um apêndice bioluminescente com bactérias luminosas como isca para atrair presas.

  • Libera uma neurotoxina pela pele, que enfraquece ou paralisa a vítima.

  • Em caso de mordida, a toxina também é injetada através de seus dentes afiados.


Um ciclo de vida único: o macho parasita a fêmea

Entre as características mais curiosas da espécie está seu comportamento reprodutivo. Os machos, que possuem sistema digestivo degenerado, são incapazes de sobreviver sozinhos. Para se alimentar e se reproduzir, eles mordem a pele da fêmea, fundindo seus sistemas circulatórios em um processo químico que os une permanentemente. Assim, o macho se torna um parasita reprodutivo, fornecendo esperma em troca de nutrição, enquanto a fêmea mantém um parceiro fixo para a fecundação.


Impacto da descoberta

O registro reforça a importância da preservação da biodiversidade marinha e da pesquisa sobre as criaturas abissais, cujos hábitos ainda são pouco compreendidos. Segundo especialistas, compreender essas aparições pode ajudar a identificar mudanças climáticas e anomalias nos ecossistemas oceânicos.


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