CEO da Nvidia diz que Empresa está bem Posicionada para Mudança em IA
- Editorial O Bahia Post

- 18 de mar.
- 4 min de leitura
Jensen Huang destaca liderança em chips na conferência anual da empresa em 2025.

São Paulo, 17 de março de 2025 – Jensen Huang, CEO da Nvidia, afirmou que a fabricante de chips está bem posicionada para liderar as mudanças no campo da inteligência artificial (IA), durante a conferência anual de desenvolvedores da empresa, o GTC 2025, realizada em San Jose, Califórnia.
A declaração, feita na terça-feira, 18 de março, foi destaque em uma reportagem da Reuters do mesmo dia, que antecipou o evento como o momento em que Huang revelaria detalhes sobre o mais recente chip de IA da Nvidia. Com o mercado global de tecnologia voltando-se para sistemas de IA mais avançados, a Nvidia busca consolidar sua posição dominante em um setor que viu suas ações quadruplicarem em valor nos últimos três anos, atingindo uma capitalização de mercado próxima de US$ 3 trilhões.
A conferência GTC, que começou em 17 de março e segue até o dia 21, atraiu milhares de desenvolvedores e empresas, ansiosos por novidades sobre as tecnologias que impulsionam a IA generativa, como ChatGPT e Claude.
Segundo a Reuters, Huang usou seu discurso principal para defender a liderança da Nvidia, destacando que a transição das empresas para modelos de IA que fornecem respostas detalhadas – em vez de apenas treinar sistemas – exige uma capacidade computacional muito maior. “Quase todo o mundo entendeu errado,” disse Huang, conforme citado pela agência.
“A quantidade de computação necessária, como resultado da IA agentiva e do raciocínio, é facilmente 100 vezes maior do que pensávamos há um ano,” completou, referindo-se a sistemas autônomos que operam com mínima intervenção humana.
O sucesso da Nvidia nos últimos anos está ligado à sua especialização em unidades de processamento gráfico (GPUs), essenciais para treinar e executar modelos de IA em larga escala. Em 2024, a empresa reportou vendas de US$ 130,5 bilhões, impulsionadas por chips para data centers, como o Blackwell, lançado naquele ano, mas que enfrentou atrasos devido a falhas de design, conforme noticiado pela Reuters em 18 de março de 2025.
Durante o GTC, Huang anunciou que a General Motors (GM) escolheu a Nvidia para equipar sua frota de carros autônomos com chips e softwares de IA, um acordo que reforça a expansão da empresa para além dos data centers, alcançando o setor automotivo.
A Reuters informou que Huang revelou detalhes do novo chip de IA da Nvidia, batizado de Rubin – nomeado em homenagem à astrônoma Vera Rubin, pioneira no estudo da matéria escura. Previsto para entrar em produção em massa ainda em 2025, o Rubin é uma família de chips que inclui GPUs, CPUs e componentes de rede, projetados para trabalhar em conjunto em enormes data centers voltados ao treinamento de IA.
“Quando o ChatGPT surgiu, a taxa de geração de tokens precisava ser apenas tão rápida quanto nossa leitura,” disse Huang em entrevista à agência no mês passado. “Agora, é o quão rápido a IA pode pensar sozinha, gerando múltiplas possibilidades antes de apresentar a resposta certa,” completou, sublinhando a evolução das demandas computacionais.
No Brasil, o impacto da Nvidia é sentido indiretamente por meio de parcerias com empresas de tecnologia e automação. O Estadão reportou em 2024 que companhias locais de logística começaram a adotar soluções de IA baseadas em GPUs da Nvidia para otimizar rotas e reduzir custos, uma tendência que deve se intensificar em 2025 com a chegada do Rubin.
A expansão da Nvidia no setor automotivo também pode influenciar o mercado brasileiro, onde montadoras como a Stellantis, dona da Fiat, exploram tecnologias de condução autônoma, segundo o G1 de 2023, projetando avanços para a próxima década.
A conferência GTC 2025 também marcou um momento de reflexão sobre o setor de IA. O Bloomberg destacou em 16 de março que grandes clientes da Nvidia, como Microsoft e Meta, planejam investimentos bilionários em infraestrutura de IA – US$ 80 bilhões e US$ 65 bilhões, respectivamente, conforme anunciado em 2024. Esses planos sustentam a visão de Huang de que a demanda por chips de alto desempenho está longe de diminuir.
“A IA está avançando em velocidade luz,” afirmou ele, segundo a Reuters, enfatizando que a Nvidia está preparada para atender às necessidades de um mercado em transformação.
Apesar do otimismo, desafios persistem. O Blackwell enfrentou problemas de fabricação em 2024, com baixos rendimentos na produção pela TSMC, principal parceira da Nvidia, conforme o Reuters de 18 de março. A transição para o Rubin visa corrigir essas falhas, mas analistas alertam que a concorrência de chips personalizados, desenvolvidos por gigantes como Google e Amazon, pode pressionar a dominância da Nvidia.
A trajetória da Nvidia reflete uma aposta bem-sucedida em IA, iniciada há mais de uma década, quando a empresa começou a desenvolver ferramentas para pesquisadores, como o CUDA, padrão entre desenvolvedores até 2023. Em 2025, o GTC foi descrito pela Reuters como “o Super Bowl da IA,” evidenciando a transformação da conferência de um evento acadêmico para um marco da indústria tecnológica.
A presença de 25 mil participantes presenciais e 300 mil online, segundo o The New York Times de 18 de março, reforça a influência da Nvidia no setor.
Para Huang, o futuro da IA depende de poder computacional massivo, e a Nvidia está no centro dessa revolução. “A IA pode pensar muito mais rápido do que lemos, e isso exige uma infraestrutura que só nós podemos oferecer,” disse ele, conforme a Reuters.
Com o Rubin e parcerias como a da GM, a Nvidia busca provar que sua liderança não é apenas uma questão de passado, mas uma garantia de protagonismo nas mudanças que a IA trará ao mundo em 2025 e além.
























