iPhone 17 Pro Max Traz Gigante Bateria, Mas Será Suficiente?
- Editorial O Bahia Post
- 4 de jul.
- 5 min de leitura
Promessa de 5.000mAh levanta dúvidas sobre design e custo.

São Paulo, 04/07/2025 – A Apple está preparando o lançamento do iPhone 17 Pro Max, marcado para setembro de 2025, com uma bateria de 5.000mAh, a maior já vista em um dispositivo da marca, segundo rumores que ganharam força nesta semana.
A promessa de até 35 horas de uso contínuo, impulsionada por essa capacidade recorde e pelo chip A19 Pro, posiciona o aparelho como um marco na linha Pro Max, que desde o iPhone 11 Pro Max (2019) vem buscando melhorar a autonomia.
No entanto, a decisão de aumentar a espessura para acomodar o componente levanta questões sobre o equilíbrio entre inovação e praticidade, enquanto o preço elevado – estimado acima de R$ 9.000 no Brasil – pode afastar consumidores em busca de alternativas mais acessíveis. A empresa celebra a novidade como um avanço tecnológico, mas será que ela entrega o que promete?
O salto para 5.000mAh representa um crescimento significativo em relação aos 4.685mAh do iPhone 16 Pro Max, um aumento que exigiu ajustes no design, elevando a espessura de 8,25mm para 8,725mm. Essa mudança, revelada por vazamentos, sugere que a Apple priorizou a duração da bateria em detrimento da leveza, um traço tradicional da marca. O chip A19 Pro, fabricado em processo de 2 nanômetros, e o modem Snapdragon X80 prometem eficiência energética, mas a tela de 6,9 polegadas – a maior da história da Apple – pode contrabalançar esses ganhos, exigindo mais energia para operar. Usuários intensivos, como os que gravam vídeos em 4K ou jogam por horas, podem se beneficiar, mas a real autonomia dependerá de como o iOS 19 gerencia o consumo, um ponto que a empresa ainda não detalhou.
A autonomia de 35 horas, se confirmada, superaria as 33 horas do modelo anterior, um avanço que a Apple destaca como resposta à demanda por dispositivos que resistam a jornadas longas. A integração de hardware e software, um diferencial da marca, é apontada como chave para otimizar o desempenho, especialmente em tarefas como streaming e edição de vídeo. No entanto, o mercado questiona se esse ganho justifica os custos de produção e o impacto no design. A espessura extra, embora mínima aos olhos, pode ser percebida por quem valoriza a ergonomia, enquanto a dependência de tecnologias como a câmara de vapor para dissipar calor – inédita em iPhones – sugere desafios térmicos que a Apple tenta esconder sob o brilho da inovação.
O preço é outro ponto de controvérsia. Com um valor inicial de US$ 1.199 nos Estados Unidos, o iPhone 17 Pro Max pode chegar a mais de R$ 9.000 no Brasil, refletindo impostos e margens da Apple. Esse custo, superior ao do iPhone 16 Pro Max, incorpora não só a bateria, mas também avanços nas câmeras (sensores de 48MP) e no sistema de inteligência artificial. Para muitos, porém, a diferença de 300mAh pode não justificar o investimento, especialmente quando concorrentes como Samsung e Xiaomi oferecem baterias maiores em aparelhos mais baratos. A estratégia da Apple parece apostar no prestígio da marca, mas corre o risco de alienar consumidores sensíveis ao preço em um mercado saturado.
A decisão de aumentar a bateria também reflete uma mudança de postura. Historicamente, a Apple resistiu a baterias de alta capacidade, priorizando designs finos e otimização de software. O iPhone 11 Pro Max, com 3.969mAh, marcou o início de uma evolução gradual, chegando aos 4.685mAh no 16 Pro Max. O salto para 5.000mAh no 17 Pro Max indica uma resposta às críticas sobre autonomia, mas levanta suspeitas sobre por que a empresa demorou tanto. Vazamentos sugerem que a pressão de rivais, que já usam baterias de silício-carbono mais densas, forçou a Apple a agir, ainda que mantendo sua tecnologia tradicional de íons de lítio. Essa escolha pode limitar o potencial da bateria, exigindo ajustes no peso e na estrutura.
O design do iPhone 17 Pro Max incorpora outras inovações, como a tela OLED de 6,9 polegadas e o sistema de câmara de vapor para controle térmico. A maior tela, com bordas reduzidas, atende à demanda por visualização imersiva, mas aumenta o consumo energético, um paradoxo que a Apple tenta resolver com o chip A19 Pro e o iOS 19. A câmara de vapor, comum em Androids desde 2019, promete dissipar calor em jogos e gravações, mas sua eficácia em climas quentes – como o brasileiro – ainda é incerta. A empresa destaca a integração com o Apple Intelligence, mas a falta de dados concretos sobre o desempenho real deixa espaço para ceticismo.
A produção em massa, já em andamento, sugere confiança da Apple no cronograma, com componentes como o painel OLED e o módulo de câmeras em fase avançada. Vazamentos de fabricantes de acessórios, como a Spigen, reforçam as especificações, mas também expõem a dependência da empresa de informações não oficiais para gerar expectativa. A estratégia de marketing, que historicamente usa vazamentos para criar buzz, funciona, mas pode voltar-se contra a marca se as promessas não forem cumpridas. Consumidores esperam não apenas uma bateria maior, mas também melhorias no carregamento sem fio – possivelmente com Qi2 – e na durabilidade, pontos que a Apple ainda não abordou.
A concorrência não fica parada. Marcas como Xiaomi e Samsung oferecem baterias de 6.000mAh em modelos premium, com preços mais competitivos, desafiando a liderança da Apple. A empresa responde com um ecossistema integrado – do hardware ao software – e materiais sustentáveis, como 95% de lítio reciclado nas baterias. Essa aposta na sustentabilidade, aliada à neutralidade de carbono até 2030, é um diferencial, mas não elimina a percepção de que a inovação no iPhone 17 Pro Max é mais incremental do que revolucionária. A bateria de 5.000mAh é um passo à frente, mas será suficiente para justificar o custo e superar rivais?
O público reage de forma dividida. Entusiastas elogiam a autonomia prometida, especialmente para tarefas intensivas, enquanto críticos questionam o aumento da espessura e o preço. Nas redes, há quem veja o iPhone 17 Pro Max como um “tijolo” disfarçado de inovação, enquanto outros celebram a quebra de barreiras da Apple. A empresa precisa provar que a bateria maior não compromete o design icônico nem a experiência de uso, algo que só os testes reais, após o lançamento em setembro, poderão confirmar. Até lá, a narrativa de progresso tecnológico da Apple enfrenta um teste de credibilidade.
A data de lançamento, tradicionalmente na segunda semana de setembro, segue o padrão da marca, com pré-vendas na sexta-feira seguinte e chegada às lojas uma semana depois. A produção acelerada indica que a Apple está pronta para atender à demanda inicial, mas a capacidade de suprir o mercado global – especialmente em países como o Brasil, onde os impostos encarecem o produto – será um desafio. A empresa pode lançar planos de assinatura para mitigar tarifas, mas isso dependerá de negociações com fornecedores e da aceitação do público, ainda incerta.
O iPhone 17 Pro Max chega em um momento de intensa competição no mercado de smartphones. A bateria de 5.000mAh é um chamariz, mas a Apple precisa ir além de números para convencer. A eficiência térmica, a ergonomia e o custo-benefício serão decisivos. Enquanto a empresa celebra o maior salto desde o iPhone 11 Pro Max, a pergunta permanece: será essa inovação genuína ou uma resposta tardia a pressões externas? A resposta virá com o uso, mas o ceticismo já está plantado, exigindo da Apple mais do que promessas para manter seu trono.