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Lauro de Freitas Revela Salários Elevados em Meio a Crise Financeira

Ganhos de até R$ 60 mil contrastam com caos fiscal da gestão.


Reprodução
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Lauro de Freitas (BA), 05/07/2025 – Em um município que declarou estado de calamidade financeira em janeiro de 2025, a Prefeitura de Lauro de Freitas surpreende ao revelar salários e ganhos que ultrapassam os R$ 23 mil, R$ 30 mil e até R$ 60 mil mensais para alguns servidores e cargos de confiança.


Sob a gestão da prefeita Débora Regis e do vice-prefeito Mateus Reis, os números contrastam com a narrativa oficial de escassez de recursos, levantando questionamentos sobre a distribuição de verbas públicas em um cenário de cortes e dificuldades.


Enquanto serviços essenciais como saúde e infraestrutura enfrentam atrasos, os altos vencimentos expõem uma discrepância que desafia a transparência e a responsabilidade fiscal.


Os dados, extraídos de relatórios da folha de pagamento disponíveis no Portal da Transparência, indicam que cargos de assessoramento especial e secretários municipais figuram entre os mais bem remunerados.


Salários base de R$ 23 mil a R$ 30 mil são comuns para assessores diretos da prefeita e vice, com adicionais por produtividade e gratificações elevando os ganhos totais a faixas entre R$ 46 mil e R$ 60 mil por mês.


Esses valores, que superam em muito a média nacional de R$ 2.800 para o funcionalismo público, chocam.


A declaração de calamidade financeira, homologada em janeiro, veio acompanhada de medidas como a suspensão de eventos populares e o adiamento de obras, como a "Operação Buraco Zero", que prometia reparos nas ruas.


No entanto, os altos salários persistem, financiados por verbas que, segundo a própria prefeitura, estão em falta para investimentos básicos. O orçamento de R$ 1,2 bilhão para 2025 aloca apenas R$ 10,79 milhões para saúde e R$ 20 milhões para infraestrutura.


A população reage com indignação. Em redes sociais, moradores questionam por que profissionais de saúde e educação, com salários médios de R$ 3.500, não recebem aumentos, enquanto assessores de alto escalão acumulam rendimentos superiores.


Casos como o gasto de R$ 750 mil com café premium, reportado anteriormente, reforçam a percepção de que a gestão prioriza gastos internos em detrimento de necessidades coletivas.


A transparência é outro ponto vulnerável. O Portal da Transparência detalha os salários, mas a falta de explicações sobre as gratificações e os critérios para os adicionais dificulta a fiscalização cidadã.


A Lei de Acesso à Informação exige clareza, e a gestão de Débora Regis enfrenta pressão para justificar os ganhos, especialmente em um ano de ajuste fiscal. O

A situação expõe um paradoxo. Enquanto Débora Regis e Mateus Reis buscam projetar uma administração moderna, os salários elevados em meio à crise financeira minam essa imagem.


O caso de Lauro de Freitas serve de alerta. Gestões em crise financeira precisam equilibrar remunerações e serviços públicos, mas a disparidade atual sugere uma desconexão entre discurso e prática.

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