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Carnaval de Salvador 2025 gera Retorno Financeiro Recorde de R$ 7 Bilhões

Festa injeta bilhões na economia local e consolida Salvador como potência turística.


Prefeito de Salvador, Bruno Reis | Reprodução
Prefeito de Salvador, Bruno Reis | Reprodução

Salvador, 6 de março de 2025 – O Carnaval de Salvador de 2025, encerrado oficialmente na Quarta-feira de Cinzas, 5 de março, consolidou-se mais uma vez como um dos maiores eventos econômicos do Brasil, gerando um retorno financeiro estimado em R$ 7 bilhões, segundo dados preliminares divulgados pela Secretaria de Cultura e Turismo da Bahia (Secult) e pela prefeitura da capital baiana.


A folia, que atraiu 3,5 milhões de turistas entre os dias 27 de fevereiro e 5 de março, superou as expectativas e reforçou a posição de Salvador como epicentro do maior carnaval de rua do mundo, com impactos significativos no comércio, turismo e geração de empregos.


O montante de R$ 7 bilhões representa um crescimento de aproximadamente 6% em relação aos R$ 6,6 bilhões registrados em 2024, conforme balanços oficiais da Secult. Esse aumento reflete tanto a alta de 16% no número de turistas em comparação com o ano anterior – passando de 3 milhões em 2024 para 3,5 milhões em 2025 – quanto a maior circulação de renda impulsionada pela baixa taxa de desemprego na região, que caiu para 7,8% no último trimestre de 2024, segundo o IBGE. Posts no X já celebram o impacto econômico, com usuários destacando que “o Carnaval de Salvador é uma máquina de fazer dinheiro”, enquanto outros apontam que “os R$ 7 bilhões mostram o quanto a festa é vital para a Bahia”.


A receita gerada pelo Carnaval abrange diversos setores da economia local. O turismo foi o principal motor, com uma ocupação hoteleira média de 92% durante a semana da festa, contra 89% em 2024, conforme a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH-BA). Hotéis, pousadas e aluguéis por temporada faturaram cerca de R$ 1,2 bilhão, enquanto o setor de alimentação – incluindo vendas de acarajé, abará e bebidas em circuitos como Barra-Ondina e Campo Grande – movimentou R$ 900 milhões. O comércio informal, como ambulantes e vendedores de fantasias, também teve um papel crucial, com uma estimativa de R$ 600 milhões em vendas diretas nas ruas, segundo a Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop).


Os trios elétricos e blocos, coração pulsante da folia, geraram uma receita significativa para artistas, produtores e empresas de eventos. Em 2025, cerca de 400 trios desfilaram pelos circuitos Dodô, Osmar e Batatinha, com ingressos para blocos premium como Camaleão e Nana Banana alcançando preços médios de R$ 800 a R$ 1.200 por dia. A Secult calcula que o setor de entretenimento, incluindo cachês de artistas como Ivete Sangalo, Claudia Leitte e Daniela Mercury, movimentou R$ 1,8 bilhão, um aumento de 10% em relação a 2024, impulsionado pela presença de nomes internacionais e pela venda de abadás.


Outro destaque foi o impacto no transporte e na logística. Empresas de aplicativos como Uber e 99 faturaram cerca de R$ 250 milhões durante a semana, enquanto o Aeroporto Internacional de Salvador registrou 1,2 milhão de passageiros entre chegadas e partidas, um recorde histórico que gerou R$ 300 milhões em taxas e serviços associados. A Bahiatursa, agência estadual de turismo, estima que cada turista gastou, em média, R$ 2.000 durante a estadia, cobrindo hospedagem, alimentação, transporte e ingressos, o que explica o volume bilionário injetado na economia.


A prefeitura de Salvador investiu R$ 80 milhões na infraestrutura da festa, incluindo segurança, limpeza e montagem de arquibancadas e camarotes, mas o retorno financeiro foi 87 vezes superior ao aporte inicial, evidenciando a alta rentabilidade do evento. “O Carnaval é o maior ativo econômico de Salvador.


Cada real investido volta multiplicado, gerando empregos e renda para milhões de baianos”, afirmou o prefeito Bruno Reis em coletiva de imprensa no dia 5 de março. A festa empregou diretamente 250 mil trabalhadores temporários, de cordeiros a vendedores ambulantes, e indiretamente beneficiou outros 500 mil, segundo a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Emprego e Renda (Semdec).


Apesar do sucesso econômico, o Carnaval de 2025 enfrentou desafios. A alta de 39,6% no preço dos alimentos em 12 meses, conforme o IBGE, pressionou os custos para ambulantes e pequenos comerciantes, enquanto relatos de furtos e assaltos nos circuitos, como no Parque Shopping Bahia, reacenderam debates sobre segurança pública. Ainda assim, o impacto positivo prevaleceu, com o evento sendo apontado como um dos mais seguros dos últimos anos, graças ao reforço de 25 mil agentes da Polícia Militar e da Guarda Municipal.


O retorno financeiro de R$ 7 bilhões em 2025 não só consolida Salvador como destino turístico global, mas também projeta expectativas ainda maiores para 2026, marcado para começar em 12 de fevereiro. Com a COP30 em Belém no fim deste ano elevando a visibilidade do Brasil, o Carnaval baiano pode atrair um número recorde de visitantes internacionais, ampliando ainda mais seu impacto econômico.

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