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Vivo e Oi Ficam Fora do Ar no Rio de Janeiro, Afetando Internet

Usuários relatam instabilidade em várias regiões da cidade.


Reprodução
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Rio de Janeiro, 28/04/2025 – Usuários das operadoras Vivo e Oi no Rio de Janeiro relataram falhas generalizadas nos serviços de internet fixa e móvel ao longo desta segunda-feira, 28 de abril, deixando milhares de consumidores sem acesso à rede em diversas regiões da cidade.


As reclamações, que começaram a surgir nas primeiras horas da manhã, apontam para interrupções prolongadas, afetando tanto residências quanto empresas que dependem da conectividade para trabalho, estudo e lazer. Embora as operadoras tenham confirmado problemas técnicos, a ausência de uma previsão clara para normalização intensificou a frustração dos clientes, que usaram as redes sociais para expressar insatisfação com a instabilidade recorrente.


As falhas começaram a ser registradas por volta das 7h (horário de Brasília), com relatos concentrados em bairros como Copacabana, Tijuca, Barra da Tijuca, Jacarepaguá, Campo Grande, Méier, e partes da Zona Norte e Oeste. Usuários reportaram dificuldades para acessar a internet fixa, realizar chamadas telefônicas e utilizar dados móveis, com o sinal oscilando ou completamente indisponível.


Postagens em redes sociais, verificadas até 28/04/2025, indicam que a Vivo Fibra, principal serviço de banda larga da operadora, foi um dos mais afetados, enquanto a Oi Fibra também enfrentou queixas significativas. Um usuário no X mencionou estar “há horas sem internet em Copacabana, com o app da Vivo fora do ar”, enquanto outro relatou que a Oi “prometeu resolver até o meio-dia, mas o sinal continua instável na Tijuca”.


O site Downdetector, que monitora problemas em serviços digitais em tempo real, registrou um pico de reclamações contra a Vivo às 9h, com mais de 1.200 notificações em uma hora, sendo 70% relacionadas à internet fixa, 20% à telefonia móvel e 10% a falhas gerais. Para a Oi, o pico ocorreu às 10h, com cerca de 900 reclamações, majoritariamente sobre a Oi Fibra.


As regiões do Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília e Curitiba apareceram entre as mais afetadas, sugerindo que o problema pode ter alcance nacional, embora os relatos cariocas sejam os mais numerosos. A Vivo informou, em nota, que “uma anormalidade em equipamentos de rede causou dificuldades para alguns clientes”, mas afirmou que equipes técnicas já atuavam para restabelecer os serviços.


A Oi, por sua vez, atribuiu a instabilidade a “rompimentos de fibra em sua infraestrutura” e disse que trabalha para normalizar a rede, sem fornecer um prazo específico.


As interrupções no Rio de Janeiro expõem desafios persistentes no setor de telecomunicações brasileiro, especialmente em grandes centros urbanos onde a demanda por conectividade é alta. A Vivo, uma das maiores operadoras do país, com 97,3 milhões de linhas móveis e 6,4 milhões de acessos de banda larga fixa em 2022, segundo a Anatel, tem enfrentado críticas recorrentes por instabilidade em sua rede.


Um incidente semelhante em setembro de 2024, em Fortaleza, gerou mais de 900 reclamações no Downdetector, com usuários relatando problemas para fazer ligações e acessar a internet. A Oi, que passa por reestruturação financeira desde sua recuperação judicial, também tem histórico de falhas, como a interrupção na Região Sul em agosto de 2022, causada por falhas simultâneas na rede de fibra ótica. Esses episódios levantam questões sobre a capacidade das operadoras de manter infraestruturas robustas em face de demandas crescentes.


A dependência de internet para atividades cotidianas tornou as falhas particularmente disruptivas. No Rio de Janeiro, onde o trabalho remoto e o ensino híbrido ainda são comuns, a interrupção afetou profissionais que dependem da conectividade para reuniões virtuais e entregas de projetos. Estudantes também relataram dificuldades para acessar plataformas educacionais, enquanto pequenos negócios, como lojas online e prestadores de serviços, enfrentaram prejuízos.


Um usuário no X destacou que “a Vivo Fibra caiu bem na hora de uma reunião importante em Jacarepaguá”, enquanto outro mencionou que “a Oi Fibra está instável há dois dias na Zona Oeste, atrapalhando vendas online”. Essas reclamações, embora não confirmadas oficialmente, ilustram os impactos econômicos e sociais da crise.


As causas das falhas ainda não foram detalhadas pelas operadoras, mas especialistas apontam para possíveis problemas na infraestrutura de fibra ótica, que é vulnerável a rompimentos causados por obras urbanas, chuvas intensas ou falhas em equipamentos. O Rio de Janeiro, com sua topografia complexa e alta densidade populacional, enfrenta desafios adicionais para manter redes estáveis. Um relatório da Associação Brasileira de Infraestrutura para Telecomunicações (Abrintel), de 2018, indicava que a cidade de São Paulo, com problemas semelhantes, sofria com a escassez de antenas de transmissão (estações de radiobase), especialmente em áreas periféricas.


No Rio, a situação é agravada pela concentração de infraestrutura em bairros centrais, como Copacabana e Ipanema, enquanto regiões como a Zona Oeste recebem menos investimentos. Embora o relatório seja de 2018, suas observações continuam relevantes para entender as dificuldades atuais.


Condições climáticas também podem ter contribuído. A Vivo, em seu site, alerta que temporais, enchentes e queimadas podem causar interrupções de sinal, especialmente em regiões com redes expostas. Embora o Rio de Janeiro não tenha registrado chuvas intensas nesta segunda-feira, obras de infraestrutura urbana, comuns em áreas como a Barra da Tijuca, podem ter danificado cabos de fibra.


A Oi já enfrentou problemas semelhantes em fevereiro de 2025, quando uma falha em Goiânia foi atribuída a rompimentos de fibra, gerando reclamações em redes sociais sobre a demora no atendimento. A falta de energia prolongada, como a enfrentada durante apagões, também pode afetar a rede, mas não há indícios de que isso tenha ocorrido no Rio hoje.


A resposta das operadoras tem sido alvo de críticas. Usuários relataram dificuldades para contatar o suporte técnico da Vivo, com o aplicativo Meu Vivo apresentando instabilidade e o número 103 15 com longos tempos de espera. A Oi também enfrentou problemas com seu aplicativo Técnico Virtual e o 0800 031 3111, que, segundo postagens no X, estavam “indisponíveis” ou oferecendo respostas automáticas sem solução.


Um usuário mencionou que “a Oi deu um prazo de normalização para as 16h, mas a internet continua caindo na Zona Norte”. A Anatel, agência reguladora do setor, foi citada em reclamações, com clientes pedindo intervenção para garantir a qualidade do serviço. A agência recomenda que consumidores registrem queixas em seus canais oficiais para investigação, mas não se pronunciou sobre o incidente de hoje.


Alternativas sugeridas pelas operadoras incluem o uso de dados móveis para quem tem planos ativos, mas as falhas na rede móvel limitaram essa opção. A Vivo orienta que usuários reiniciem modems, verifiquem cabeamentos e entrem em contato pelo 1058, enquanto a Oi recomenda o uso do aplicativo ou do WhatsApp da Joice, sua assistente virtual.


No entanto, a instabilidade dos próprios aplicativos dificultou o acesso a essas soluções. Sites como o Downdetector e o Istheservicedown têm sido usados por consumidores para monitorar a situação, com mapas de calor mostrando a concentração de problemas no Rio de Janeiro. Algumas postagens no X sugeriram o compartilhamento de internet com vizinhos ou a troca para operadoras concorrentes, como a Claro, que não registrou reclamações significativas hoje.


O incidente reforça a necessidade de investimentos em infraestrutura de telecomunicações. A expansão do 5G, iniciada em 2022, trouxe avanços, mas a cobertura ainda é limitada em áreas periféricas do Rio. A Vivo, que cobre 88% da população com 4G e tem expandido o 5G em capitais, enfrenta desafios para manter a estabilidade em momentos de alta demanda. A Oi, por sua vez, tem focado na Oi Fibra para recuperar mercado, mas enfrenta limitações financeiras que podem atrasar melhorias. Um relatório da Anatel de 2022 apontava que o Brasil precisa de mais estações de radiobase para suportar o crescimento do tráfego de dados, especialmente em cidades como o Rio, onde a densidade populacional sobrecarrega as redes.


A crise também destaca a dependência da sociedade moderna da internet. No Rio de Janeiro, onde o comércio eletrônico e os serviços digitais crescem, interrupções como a de hoje geram impactos que vão além do inconveniente pessoal, afetando a economia local. A ausência de prazos claros para normalização e a dificuldade de comunicação com as operadoras aumentam a percepção de descaso.


Enquanto as equipes técnicas trabalham, os consumidores cariocas aguardam soluções, com a esperança de que o incidente sirva como alerta para melhorias no setor.


As falhas da Vivo e da Oi no Rio de Janeiro evidenciam os desafios de manter uma infraestrutura de telecomunicações confiável em um país de dimensões continentais, onde a conectividade é cada vez mais essencial.

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